Conjunto de habitações rústicas, com pouca ou nenhuma infra-estrutura urbana e carente de serviços públicos, como o recolhimento regular de lixo.
No final do século XIX, terminada a Guerra de Canudos, na Bahia, depois de serem dizimadas as forças constituídas pelos seguidores do beato Antônio Conselheiro, os soldados do Exército seguiram para o Rio de Janeiro.
Em novembro de 1897, cansados de esperar em terras fluminenses por alojamentos prometidos pelo governo, eles ocuparam o morro mais próximo do prédio do Ministério da Guerra (hoje, sede do Comando Militar do Leste). A área já estava sendo ocupada por ex-escravos recém-libertos e por moradores pobres expulsos de cortiços por pressão da especulação imobiliária.
Esse morro inaugurou um novo modelo de ocupação urbana, resultante da pobreza e das dificuldades impostas pela burocracia para o acesso da população à casa própria.
Ao se estabelecerem, os soldados batizaram o local de “morro da Favela”, mesmo nome da elevação onde ficaram acantonados em Canudos e que tinha esse nome por causa da vegetação existente no local – era uma leguminosa que produzia uma pequena fava, ou favela (diminutivo de “fava”).
Aos poucos, as áreas em que foram surgindo conjuntos semelhantes de habitações passariam a ser chamadas de favelas.
as nem todos aderiram rapidamente à nova denominação. Manuel Bandeira, em uma crônica de 1930, ainda chamava de Favela (nome próprio) apenas aquele morro. Foi por ocasião da morte de Sinhô (o compositor José Barbosa da Silva), tido como o primeiro grande sambista: ele dizia que os sambas de Sinhô “pareciam descer dos morros lendários da cidade, Favela, Salgueiro, Mangueira, São Carlos...”.
Finalmente, quando praticamente todos os morros passaram a ser chamados de favelas, o local que originou o nome, o morro da Favela, voltou a adotar a antiga denominação de morro da Providência.
No final do século XIX, terminada a Guerra de Canudos, na Bahia, depois de serem dizimadas as forças constituídas pelos seguidores do beato Antônio Conselheiro, os soldados do Exército seguiram para o Rio de Janeiro.
Em novembro de 1897, cansados de esperar em terras fluminenses por alojamentos prometidos pelo governo, eles ocuparam o morro mais próximo do prédio do Ministério da Guerra (hoje, sede do Comando Militar do Leste). A área já estava sendo ocupada por ex-escravos recém-libertos e por moradores pobres expulsos de cortiços por pressão da especulação imobiliária.
Esse morro inaugurou um novo modelo de ocupação urbana, resultante da pobreza e das dificuldades impostas pela burocracia para o acesso da população à casa própria.
Ao se estabelecerem, os soldados batizaram o local de “morro da Favela”, mesmo nome da elevação onde ficaram acantonados em Canudos e que tinha esse nome por causa da vegetação existente no local – era uma leguminosa que produzia uma pequena fava, ou favela (diminutivo de “fava”).
Aos poucos, as áreas em que foram surgindo conjuntos semelhantes de habitações passariam a ser chamadas de favelas.
as nem todos aderiram rapidamente à nova denominação. Manuel Bandeira, em uma crônica de 1930, ainda chamava de Favela (nome próprio) apenas aquele morro. Foi por ocasião da morte de Sinhô (o compositor José Barbosa da Silva), tido como o primeiro grande sambista: ele dizia que os sambas de Sinhô “pareciam descer dos morros lendários da cidade, Favela, Salgueiro, Mangueira, São Carlos...”.
Finalmente, quando praticamente todos os morros passaram a ser chamados de favelas, o local que originou o nome, o morro da Favela, voltou a adotar a antiga denominação de morro da Providência.
Gilson Lopes
2010_12_03
