OS GAÚCHOS E A EXPRESSÃO "PODE TIRAR O CAVALINHO DA CHUVA"

Mas de onde é que vem essa expressão? São os nossos queridos gaúchos co-responsáveis por ela?

Dois sites brasileiros dão uma explicação bem provável sobre a origem da famosa e utilizadíssima expressão popular pelos brasileiros "pode tirar o seu cavalinho da chuva".

O primeiro site: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-a-origem-da-expressao-tirar-o-cavalo-da-chuva, diz o seguinte:

"Ninguém sabe ao certo, mas ela provavelmente surgiu no Brasil quando o cavalo ainda era o meio de transporte mais comum. Para alguns, a origem estaria no costume de amarrar a montaria na frente das casas. Quando o animal de um visitante era preso sob a varanda ou outro lugar protegido, era um sinal de que ele pretendia demorar na visita, o que era considerado uma indiscrição. "Algumas vezes, porém, o dono da casa tomava gosto pela prosa. Nesse caso, quando a visita esboçava partir, ele avisava: ?Pode tirar o cavalo da chuva?", afirma o filólogo José Pereira da Silva, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Seria o mesmo que dizer: "Amarre seu animal em local protegido para que nossa conversa possa continuar calmamente".

Mas como esse sentido original acabou se alterando para "desistir de alguma coisa" ou "perder as esperanças"? O etimologista Deonísio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), acredita que a expressão teria nascido no sul do país, com o hábito gaúcho de recolher o cavalo no galpão, se houvesse sinal de chuva prolongada, quando chegava num armazém para fazer compras. "Isso explica o sentido atual da expressão, que indica que a solução de um problema vai demorar", diz Deonísio.

O segundo site: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/origem-expressao-tirar-cavalo-chuva-435289.shtml defende o seguinte:

"O cavalo era o meio de locomoção mais prático até a popularização do trem, no século 19. Ao chegar a alguma casa, o lugar onde o animal era amarrado indicava a intenção do visitante. A visita fazia isso quando não queria ir embora tão cedo.“Se o moço amarrava o cavalo à frente do cômodo, era sinal de permanência breve. Já se levava para um lugar protegido da chuva e do sol, podia botar água no feijão, a visita ia demorar”, conta o lingüista Reinaldo Pimenta no livro A Casa da Mãe Joana.

Sem o convite do anfitrião, entretanto, tentar proteger o cavalo era uma indiscrição feita pelo convidado pouco desculpável. Somente quando o dono da casa estivesse apreciando a prosa e dissesse “pode tirar o cavalo da chuva” – ou seja, desistir da pressa de ir embora – é que a acomodação da montaria estava autorizada. Com o passar do tempo, “tirar o cavalo da chuva” virou sinônimo apenas de desistir de alguma coisa. B.V.F."

Gilson Lopes
2011_05_08